sábado, 2 de fevereiro de 2019

Meus Poemas 56, Meus Desenhos 56

Poema da Flor que renasceu, mas tornou a morrer
Kleves Gomes


Triste da flor que não vê chorar
O jardineiro que por ela lutou,
Quando ela resolve abandonar
O jardim dele, que tanto amou.

Pobre da flor que não vê a luta
Do jardineiro que outrora esperou.
Orgulho tinha por ser astuta
Agora pasma por vê-lo sem dor.

O jardineiro que foi não vem mais,
Se não vem quem te servirá a paz?
E sem paz a flor tende a murchar.

Sem cor a flor já não é mais nada
E a hora da cor era ele.
Ela se fecha, pois não o vê mais.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Meus Poemas 55, Meus Desenhos 55

Pequeno e tolo Rap


Eu quero meu país sem corrupção,
Mas não dou a palmatória à minha própria mão!

Saio de madrugada para beber com os meus amigos,
Mas saio relaxado, não tem blitz! Sem perigo!
Achei uma carteira no chão desamparada,
É claro que ela é minha, devolver é uma roubada!
Peguei uma caneta emprestada com o meu colega,
Não entrego porque ele ficou com a minha régua!
Se os políticos podem, por que eu também não?
Vou piratear tudo, pagar (pro) para o guarda e (pro) para o ladrão!

Eu quero meu país sem corrupção,
Mas não dou a palmatória à minha própria mão!

Vai passando dia, semana, mês e ano,
E a mudança de Governo está sempre demorando!
“Não sei o que fazer com esse político ladrão,
Só sei que voto nele na próxima eleição”!
“Eu pago meus impostos, tá tudo direitinho...”,
Mas estaciona o carro na porta do vizinho!
“Pode deixar comigo, do seu carro eu cuido”
Você não rouba ele se eu te der algum “bagulho”?

Eu quero meu país sem corrupção,
Mas não dou a palmatória à minha própria mão!

Não sou de Rap, nem domino essa linguagem musical,
Mas deixo o meu recado dessa forma “marginal”.
Você que está ouvindo ou lendo não pense que sou santo,
Também tenho os meus erros e faço parte desse pranto...
O pranto é de um país que tem tudo para ser desenvolvido,
Mas vê seu próprio filho o depenando distraído!
Agora vá à Internet seu amor compartilhar,
Mas não esqueça que é na realidade que ele tem que estar!

Eu quero meu país sem corrupção,
Mas não dou a palmatória à minha própria mão!

terça-feira, 7 de julho de 2015

Meus Poemas 54, Meus Desenhos 54

Sou...L


Esse é o meu jeito de estar,
Sou apenas o que consigo ser.
O meu jeito é calado no novo
E é falastrão demais no conviver.
Não sou assim tão sério,
É que estou no começo introspectivo,
Mas o bom da vida é o mistério,
Sei sorrir até sem ter um motivo.
Eu sou um livro aberto,
Mas não é fácil ler no meu idioma.
Sou por muitas vezes esperto,
Mas quem é que as vezes não se engana!
Pois bem amigos, assim sou,
Caríssimos esse é o desconhecido eu.
É assim a minha "soul",
A minha alma é muito de meu.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Meus Poemas 53, Meus Desenhos 53


FUSCA

Fostes feito para guerra,
Uma tarefa injusta dessa Terra.
Soubestes passar essa luta,
Conseguistes virar um bom batuta
Agora és um bom mascote da rua ou da serra.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Meus Poemas 52, Meus Desenhos 52

Resposta


Repare bem na intenção do poeta!
Espera alguém que venha dar-lhe sossêgo,
Suspira por horas a aparição de um morcego
Pensando que este será para si um profeta!
Ora que ilusão, mais que devaneio doce!
Será que ele não sabe que está dentro dele?!
Teria que olhar em um caco de espelho, que fosse!
Acharia então, em si, a resposta que é ele.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Meus Poemas 51, Meus Desenhos 51

De tempos em tempos há grande explosão!
Explosão de pensamentos que quase vira canção.
Canção não vira por faltar melodia,
Talvez vire quando a inspiração chegar num dia.

Escrever é paixão, é ilusão de poeta,
Escrever é razão, é sonho de profeta.
Nem sempre se versa quando a cabeça esfria,
Por razão do "esqueça" ordenado pela correria.

Sempre que desacelera a cabeça que versa
  Corre poema a escrever depressa
Antes que o dia corrido novamente o desvie.

Então o poeta, antes que assovie
Criando para si uma nova "groupie"
Escreve um poema, antes que um dia corrido o impeça!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Meus Poemas 50, Meus Desenhos 50

Há espaço no espaço.


No pequeno universo que habito
Um grito ecoa para quem vier!
É um eterno clamor, é um mito,
É um desejo forte de mulher!

Ela diz que há lugar para ela,
Mas ela quer mais que um canto,
A mulher deseja luz maior que a da vela,
Deseja mais que um farol num recanto.

Espero que nós marcianos ousemos
Ir muito além do ouçamos,
Há espaço no espaço dos marcianos!

Espero que nós marcianos estejamos
Abertos àquilo que não vemos,
Pois, elas estão vindo de Vênus.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Meus Poemas 49, Meus Desenhos 49

Para Acordar Marte!




Que sono é esse poetas?
Cadê as chuvas de poemas de outrora?
Cadê as palavras erradas ou certas?
Cadê vossos escritos que preciso agora?

Oh! Planeta vermelho da arte!
O que fazem aqueles que habitavam tua órbita?
Onde estão as mentes brilhantes de Marte?
Alguém responda essa pergunta que grita!

Marte não é planeta apenas
É lugar onde poetas espoem poesias
É lugar onde as ruas unem-se às academias.

Poetas não parem com as poesias,
Não parem de mandar para Marte poemas,
Usem nem que sejam cinco minutos apenas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meus Poemas 48, Meus Desenhos 48

Super K


Segue teu caminho homem,
Mas segue sorrindo.
Nunca te esqueças de que és homem,
Mas sigas menino.

Que teus sonhos sempre te honrem,
Mas viva-os sentindo.
Que busques concretizar os planos que te consomem,
Mas viva-os bem, menino.

A vida te fez naturalmente herói,
Sem capa, sem cueca sobre as calças,
Bem humano e com deveres.

Mas mano, nenhuma dor te corrói,
Simplesmente, sorrindo, por elas tu passas,
Muito mais que o Super-Homem com seus poderes.

(Em homenagem a Antônio Kerlly de Araujo Gomes).

Meus Poemas 47, Meus Desenhos 47

Nem Marte, Nem o Poeta
(para o Blog Poetas de Marte)


Nem Marte é estático,
Nem o poeta patético.
Nem marte é estético,
Nem o poeta apático.

Marte não para de girar,
Poeta não para de escrever.
Marte não para de estremecer,
Poeta não para de pensar.

Movimente-se poeta,
Gire-se Marte,
Faça-se a luz do profeta e da arte.

Movimente-se Marte,
Gire-se poeta,
Faça-se a arte do profeta.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Meus Poemas 46, Meus Desenhos 46

Verdade

Para ver, dá de ti mais que o ouvido,
Para ver, dá de ti mais que confiança,
Se não, poderás ver da destruição o ruído,
Ver da depressão o fruto da desperança.

Ágeis são aqueles que enganam,
Astutos são os que constroem inverdades.
Fazem os olhos alheios enxergarem, do que emanam,
Apenas aquilo que para eles são realidades.

Para vós verdes o verde da verdade
É preciso que tenhais muito mais que apoio,
Muito mais que bons olheiros,

É preciso caminhar sorrateiro em meio a tarde,
Sem se fazer visível, e sem ir de comboio.
Vendo as verdades, seus olhos têm que ser os primeiros.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Meus Poemas 45, Meus Desenhos 45


É difícil dar nó em gota d'água,
Olho de água e cachoeira,
Água é mole a vida inteira
Nunca vai se amarrar.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Meus Poemas 44, Meus Desenhos 44

PE AL

Perdi-te, 
Espero
Achar-te
Logo.

Parti!
Esperançoso,
Àquele
Lugar.

Parei,
Ergui-me,
Admirei,
Louvei.

Ponte
Entre
Algumas
Loucuras.

Pés
Encaliçados,
Algumas
Lágrimas.

Pernambuco
Estás
Ao
Longe,

Pois,
Estou
Alagoano
Lembrando...

...Poemas
Escrevi,
Acordes
Levei...

...Em PE cresci e vivi,
Mas em AL crescerei e viverei.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Meus Poemas 43, Meus Desenhos 43

Ser ou Estar?


O que eu era antes da primeira letra?
Não sei, pois, agora já sou outro.
Esse outro sou eu quem impetra?
Sim, assim como suplico por ser mais um louco.

Antes do primeiro verso eu estava,
Mas já não estou, porque desde então mudei.
Essa mudança era a que eu esperava?
Não, era apenas a saída do repouso do "sei".

Ser não posso, uma vez que mudo;
Estar não posso, uma vez que surdo,
Não falo nem ouço o mundo.

Estar eu posso, pois, não posso ser;
Ser eu posso, pois, não sei estar,
Falo e ouço o mundo, quando ponho-me a pensar.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Meus Poemas 42 - Meus Desenhos 42

Por trás do olhar.


Por trás do olhar,
Por cima das pupilas,
Além das retinas,
Muito mais distante da face,

O olhar traz
O por cima das pupilas,
O além das retinas.
O aproximar da face.

Por trás, traz consigo o olhar,
Mistérios atrás das pupilas,
Junto às retinas,
Longe e perto da face.

O olhar por trás
Traz, por trás,
Segredos não testemunháveis
Por pupilas; retinas; faces; nem por nada mais. 

sábado, 30 de novembro de 2013

Meus Poemas 41 - Meus Desenhos 41



Recatadamente observo o transeunte
Que passa, redundante, a encarar-me
De frente a olhar-me diz "homem assunte,
Verifique se estás correto a fitar-me".

Aceno ao tal, como que desculpando-me,
Rogando-lhe que, de forma alguma,
Venha de alguma forma a punir-me,
Por causa de um olhar de importância nenhuma.

Será que meu olhar o desafiava?
Que em seu peito cravava um julgar
De que eu o olhava como que julgando?

Não sabe ele que eu só observava
Seus passos, quando ele andava,
Vendo ele o verbo andar conjugando.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

U


Uma
Luz
Intensa,
Solar,
Sempre
Estará
Sobre nós.

A sua luz não se apaga,
Sua obra não permite.
Sua memória não permite.
Sua falta também não.

Um
Lúdico compositor,
Inteligente homem,
Sarcástico poeta,
Simpático ser humano,
Estelar e
Saudoso.

Tchau.

sábado, 29 de junho de 2013

Meus Poemas 40 - Meus Desenhos 40

Ando em nuvens leves,
Nos frios chãos das neves...
Um dia disseram que não...
Disseram em vão,
Há sim, rima para Kleves.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Opinião!


Recomendo pesquisa no Youtube sobre as eleições de 1989, para presidente. Precisamos rever momentos marcantes do início do nosso atual modelo político para podermos enxergá-lo melhor.

Aos jovens protestantes recomendo pesquisa mais extensa sobre essa e sobre as demais eleições (94, 98, 2002, 2006, 2010). Se quisermos mudar a política do Brasil, sejamos "protestantes" ou não, precisamos resgatar a prática de análise dos documentos políticos anteriores aos nossos dias ansiosos e atuais, assim como também precisamos debater sobre os sucessos e fracassos resultantes dos processos eleitorais passados. Precisamos reciclar nossos conceitos sobre a política, tratá-la como essencial e indispensável. Isso é extremamente importante para podermos corrigir os nossos erros nas urnas, erros esses que nos levam a governos que "não nos representam", embora tenham sido resultado da nossa vontade. Precisamos conhecer para podermos questionar! Precisamos perceber para podermos nos posicionar!

É importante que, mesmo taxados de chatos - mesmo que por brincadeira de amigos, falemos sempre sobre a política, sobre o que já aprendemos de bom e/ou ruim sobre ela, dessa forma podemos contaminar outras pessoas que podem passar a contaminar outras, criando uma corrente de consciência política capas de refletir o nosso voto, antes solitário, num gigante e poderoso espelho de revolução, capaz de refletir as nossas ideias e não mais, apenas, os nossos anseios. É claro, absurdamente claro, que o meu voto solitário não colocou e jamais colocará alguém no "poder", mas esse solitário quando unido a milhares ou milhões de outros solitários torna-se tão grande e relevante que é capaz de modificar a história de um país de dimensões continentais como o Brasil. Nós não somos nada quando não somos "nós", quando somos apenas "eu".



segunda-feira, 4 de março de 2013

Meus Poemas 39 - Meus Desenhos 39

A chuva, a sede e o poema
A E I O U
A chuva que cai lá fora
Agora mata a sede da terra.
A letra que jogo fora
Outrora era a que em mim estava...

Estava saudoso da chuva,
Estava chuvoso da letra,
Eu queria apenas tirar a poeira,
Uma que aqui estava a muito.

Isso não é para ser lógico,
Inventos? Não é o que escrevo,
Inspiração é o que puxo do ar,
Aqui eu só disfarço meus medos!

O que quero é apenas matar saudade,
O tempo que passei distante me cobra!
Ora! Não vou explicar os meus versos
E somente vou desfazer qualquer rima!

Um breve instante que ouvi,
Uma luz brilhante que vi,
Uns meses de silêncio constante,
Isso aqui é para reviver meu espaço.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meus Poemas 38 - Meus Desenhos 38



Vivemos um mistério chamado vida.

Não importa crença ou não crença,
Não importa projeto ou displicência,
Não importa presente ou o passado,
Vivemos um mistério por vida chamado.

Não há tempo que se possa desperdiçar,
Não há alegria ou tristeza que infinita seja,
Há apenas um mistério para se abraçar,
É sempre tempo de amar a vida.

Se ao nascer acreditamos no infinito,
No meio percebemos a fragilidade de tudo,
Vemos que a vida dura o instante de um grito.

Se ao ver a morte, aos prontos, ficasse mudo,
Surge a consciência do mistério maior.
A vida é para intensa ser, em absoluto.




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Meus Poemas 37 - Meus Desenhos 37

Falta!



Fazia um tempo que eu não vinha,
Até acho que meses...
Larga mão de exagero, foram semanas!
Tentarei compensar sendo breve...
Assim deixo a saudade manter-me vivo aqui!

Meus Poemas 36 - Meus Desenhos 36


Último poema do domingo


Corre!
Abra a porta para fechá-la.
Entre, prepare o discurso e saia.
Feche esse dia com suas palavras cálidas,
Mas não escreva um poema de aparência neutra.
Pálida seja a última palavra escrita,
Dita seja a primeira palavra de abertura.
Que a ruptura da métrica não se perca da rima,
Contudo, utilize a inteligência, que da primeira é prima.
Vá arquitetando e fazendo simultaneamente,
Sente-se e comece a engenharia de caçar palavras.
Parar as vezes é interessante,
É relevante pensar antes de agir.
Agora faça o corpo do poema,
Palavra moema adoçará sua escrita,
A capenga estragará tudo.
Cuidado tomado, pesquisa feita,
Endireita tudo, publica...
Antes confere o que escreveu,
Leu, gostando ou não
Faça-a legível para todos
Se for terrível eles dirão!
Mas provavelmente alguém dirá:
Interessante, mas de conjuntura pálida!

Meus Poemas 35 - Meus Desenhos 35



Saudade


Sabemos da finidade da vida,
Porém, aceitar esse fim é desafio ingrato.

A maior alegria da vida de um homem é o seu nascimento,
A maior tristeza é ver o fim daqueles que alegraram-se com seu início.


As pessoas que nos viram nascer nos parecem sempre ter existido,
Ver o fim dessas nos deixa com a sensação de infinito partido.

Para os que creem numa vida pós-vida
Resta a esperança de um reencontro futuro,
Mesmo assim ainda resta a saudade.

Para os que creem na reencarnação,
Resta a esperança de um reencontro futuro,
Mesmo assim ainda resta a saudade.

Para os que acreditam que essa vida na morte se encerra,
Resta torcer para que o tempo preencha a lacuna do perder,
Mesmo assim ainda a resta saudade.

Para os que creem numa vida pós-vida,
Mas sem a lembrança da vida vivida,
Só resta a saudade.

Ainda resta ela,
Não adianta,
A vida é finita,
Mas dentro de todos sempre grita
A dor da eterna saudade.

Meus Poemas 34 - Meus Desenhos 34


Tenha Fé

Faça dos seus dias uma aventura,
Esqueça a desventura das tardes frias.

Foque o bem e o bom terás
Estarás no tom, no ritmo que tem.

Fracione seu tudo e divida-o com o todo,
Erga um toldo para abrigar-te quando mudo.

Familiarize-se com os teus próximos,
Estremaça o ácido desoxirribonucleico dos seus eus.

Firme esteja nas tuas atitudes,
Entre nas juventudes e jovem seja.

Fomente uma discussão correta,
Esquente certa parte do coração.

Forme laços desconhecidos,
Escreva embelecidos traços.

Força tenha para que alcance,
Esperança não de relance, mas com força venha

Fortificar sua aliança,
Estabelecida desde criança com Deus.

Meus Poemas 33 - Meus Desenhos 33


Para não perder.

Ganhei de presente um silêncio,
Isso foi e não é desabafo.
Ganhei de verdade um sossego,
Que calou um  pouco a dor no meu braço.

Braço cansado de sustentar os meus medos,
De segurar e evitar minhas quedas.
Cadeado maior dos meus segredos
Guardados no inconsciente do tarde e do cedo.

A seda do silêncio cobriu minha pele,
Embelezou minha alma sua cor brilhante,
Deu-me calma, mesmo que por um instante..

Ele invadiu meus ouvidos sofridos
Para evitar que a dor insistisse em doer
Para não perder a coragem de ver, ouvir e viver.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Meus Poemas 32 - Meus Desenhos 32


No tempo...

Eu parei no tempo,
Porém, o tempo não parou em mim,
Nem à minha volta,
Nem ao meu desejo.

O tempo parou apenas
Quando a ele solicitei urgência,
Cautela, prudência,
Piedade, clemência,
Perdão, indulgência...

Mesmo assim ele continuou,
Mesmo quando pareceu estático,
Mesmo quando eu estive apático,
Mesmo quando minha rima foi pobre.

Pobre de mim que sou escravo,
Não do tempo,
Tão pouco de suas angústias,
Mas de mim mesmo, pois,

Se eu parei no tempo
Foi porque nele não acreditei,
Nele não pus minha fé,
A ele dei descrédito,
Depositei nele as minhas culpas
E, finalmente e, não parei para ouvi-lo...

... Ele sempre quis dizer:
Confia em mim, pois, como dizem os ditos,
Não há nada que eu não cure,
Não há nada como eu para tornar turva a dor de um passado.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Meus Poemas 31 - Meus Desenhos 31


Aos que não gostam de ler:
Ouso aconselhar a mudança de atitude,
Só assim vocês conseguiram descobrir novos mundos.

Quase tudo que sabemos
Um dia foi, é e será escrito.
Escrever foi o primeiro grande "passo" da humanidade.

Nada que é contado de boca em boca sobrevive,
Ão de ver isso os que confiam no falar,
Ouvirão um dia suas verdades, outrora apenas ditas, distorcidas e trocadas.

Guardem esses versos como dica,
Oportunidades farão com que eles tornem-se fato.
Saibam, que ao ignorar a leitura,
Têm vocês ignorado a si mesmos,
Assim como ao mundo, com suas sabedorias
Merecedoras de perpetuação através da leitura.

Deixo esse recado em versos,
Estando, talvez, afugentando o leitor pelo tamanho.

Leia-o por todo desta vez
E ao chegar nesse verso final
Releia-o, mas dessa vez só as primeiras letras em vertical.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Meus Poemas 30 - Meus Desenhos 30

A lágrima mais dolorida é a que não sai,
Piorando o estado de pânico que dentro há.
Mas consola saber que em alguma hora ela cai.

sábado, 12 de maio de 2012

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Meus Poemas 28 - Meus Desenhos 28


Sobre tua base
Ergam-se Grandes:
Colunas,
Paredes,
Plano de Fundo,
Chão,
Fachada,
Teto
E o que de mais for concreto.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Meus Poemas 27 - Meus desenhos 27

Coff, coff...








Hoje estou com pouca inspiração
E a minha expiração ofegante está.

Agora
Sinto-me
Muito
Abatido.

Pela manhã ardia a garganta,
Irritada pelas fortes correntes de ar
Que tentavam limpar a traqueia.

Antes
Sessasse,
Muito
Ajudaria.

Pela tarde a corrente nem sessou a traqueia
Nem tão pouco cessou sua luta.
Veio o sono e a dor nos brônquios,
Agitados pela peleja e pelo sessar do ar.

Ali
Senti-me
Moribundo,
Apagado.

E pela noite vem a piora,
É hora de toda doença agravar-se.
Tomei meu café, esperançoso que seu calor
Calasse um pouco a dor de respirar,
Mas sua cafeina somente despertou-me.

Agora
Sentindo
Meus
Alvéolos,

Se é que os sinto
Penso que foi só um recurso poético.

terça-feira, 8 de maio de 2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Meus Poemas 25 - Meus Desenhos 25










Palavras
Orgulhosas
Estimulantes
Solidas
Inteiras
Amadas

Projetadas
Ofertadas
Em versos
Sobre
Intermináveis
Arranjos.

Para
Ofegantes
"Eles"
Sonharem
Intensamente com suas
Amadas,

Para
Observadoras
"Elas"
Saborearem
Invisíveis
Amantes.

Para
Ordenar
Esse
Sabor,
Intensificar e
Adoçar

sua vida
Faça uma...

domingo, 6 de maio de 2012

Meus Poemas 24 - Meus Desenhos 24

Por onde andei?

Andei meio sem verso!
Caminhei pelo caminho invertido.
Cheguei ao assunto incerto
E de tudo só sei que estive sumido.

Por meses, por terras, por nada,
Apenas dei sabor ao obrigatório caminho.
Nem sempre podemos seguir a mesma praga,
Dos que alisam as peles e dos pelos fazem ninho.

Temo pois, que por ter estado embebido
Na solução etérica que outrora foi fogo
Tenha deixado, além do pó do pé estanguido,
Meus sonhos, meus risos, meu toldo.

Sem sonhos ficarei inerte,
Sem riso ficarei estático,
Sem toldo acaberei na chuva,
Melhor então eu voltar para a poesia.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Meus Poemas 23 - Meus Desenhos 23

Correpondência

Ah Marte!
Jamais poderei deixar de amar-te.
Por esta simples razão envio a Marte
Essa correspondência cá na Terra escrita.

Há Marte
Em tudo que penso e em toda parte.
Acredite! Não quero posar a ti de mártir,
Pois, meu coração em teu seio, vermelho, habita.

Desculpe-me as rimas pobres e a poesia pouco augusta.
Não é de má vontade e nem porque me custa
Melhor escrever esse falso soneto que agora lês!

É simplesmente porque faltam-me as palavras!
Fruto do meu confessado crime de não mais tê-lo visitado.
Pego um foguete assim que possível, até mais vermelho amigo!
    

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Meus Poemas 22 - Meus Desenhos 22

Cada
Cada passo que dou
É um laço que ato
No pedaço de fita que decora a vida.

Cada laço que ato
É um passo que dou
Na estrada de aço que percorre a vida.

Cada pedaço de fita e cada estrada de aço
É fruto do passo
De quem a vida laçou.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Meus Poemas 21 - Meus Desenhos 21

DÉCADA

Dia outro, outro dia.
É o tempo!
Cada novo segundo
Aparece e torna-se antigo,
Dando a vez para um outro jovem segundo,
Antecessor de longos outros pedaços do tempo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meus Poemas 20 - Meus Desenhos 20

Pensamentos
Kleves Gomes

Pensa lento
Pensa atento
Pensa vento
Pensa tempo

Pensa e mente
Pensa agente
Pensa e tente
Pensa e invente

Pensamento veio longe,
Veio trazendo um mundo incomum,
Um mundo que muda enquanto nada anda.
Veio longe e chegou junto, muito perto , mas logo se foi.

Se vem e vai, por que não fica?
Se fica, vai embora por quê?

Pensamento,
Pensa curto,
Pensa muito,
Vai com o tempo!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Meus Poemas 19 - Meus Desenhos 19

Rio
Kleves Gomes
Roubastes de mim o que de mais doce tive.
Tomastes em tuas águas a inocência de outrora.
Levastes consigo minhas "confianças" "diamantadas"
E a esperança, em balsa, fizestes flutuar em teu leito.

Em meu seio deixastes a falta, a ausência,
Em meu peito enfiastes a faca, o punhal a bala atirada.
Destes a mim a dor como troféu após a luta,
Destes a mim amargor, depois de teres dado a mim o mel.

Porém, as tuas águas passadas movem moinhos sim!
Não os de agora, mas sim os de amanhã,
Novas pás e novos trigos, novos novos, sempre antigos,
Não importa! Tuas águas nem sempre se perdem!

O que roubastes, deixastes escapar e de novo eu tenho.
Tuas águas e correnteza foram e são fortes,
Contudo foram e serão vencidas pelos braços que querem,
Saciar a fome, a sede, o desejo, a saudade e a esperança.

A ausência de outrora é presença que em momento alivia o meu ser.
O peito que incidistes guarda agora a capacidade de amar a si.
Da dor premiada sobrou muita dor que vai-se ao vento!
Ao amargo acrescenta-se o açúcar e tem-se o amabilíssimo prazer do doce.

Meus Poemas 18 - Meus Desenhos 18

Razão e Sentimento
Kleves Gomes

Há quem pense que domina a razão,
que o fato de omitir os sentimentos é torna-se excelente!
Eu, porém, tolo, sentimental e insolente,
prefiro provar vez em quando da insanidade do sentir!
Pensar faz bem e gera vida calma e calculada!
Mas, poetizando palavras do Mestre:
Em verdade, em verdade vos digo:
Nem só da razão vive o homem,
mas de toda a essência humana,
ser humano é ter e ser: razão e sentimento!
Se não posso sentir, logo não posso raciocinar!
Se posso raciocinar logo não posso sentir?
...
Claro que pensar antes de sentir é melhor,
mas se não der tempo? E se vida for mais curta do que se sabe?
...
Não sinta o que o mundo prega,
mas sim o que de bom a razão nega, o amor!
Se o verbo amar é irracional, é irracional viver!
Se não fosse Emanuel teria dito:
"Raciocine a Deus e ao próximo como a ti mesmo!".

domingo, 3 de outubro de 2010

Meus Poemas 17 - Meus Desenhos 17

O Doce
Kleves Gomes
"O doce quando dado torna-se prazer,
Prazer é adocicar os lábios alheios,
Alheio é ser estranho a quem o vê,
Vê é procurar novos sentidos na vida,
Vida é sentir os sabores que nos são oferecidos,
Oferecer é dar a possibilidade de se sentir,
Sentir é buscar, entre todos, o melhor sabor,
O melhor sabor é o que nos faz sorrir,
Sorrir é como saborear um fruto doce,
O doce quando dado torna-se prazer".

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Meus Poemas 16 - Meus Desenhos 16

Feliz é a abelha
Kleves Gomes
Feliz é a abelha que, quando com fome, a flor namora,
Rouba-lhe o néctar e ainda fecunda-lhe o ventre cálido,
Com o pólen usurpado de outra amante  angiospérmica.
Regurgita o fruto do amor roubado em cestas de cera,
Ricas em própolis e tecidas para render-lhe o saboroso alimento.
Por fim, enquanto a flor prepara a semente gerada pelo amor de sua amante abelha,
Derrama-se na colmeia  o mel que a abelha
Tanto desejava e extraiu
de um beijo que roubou.