Feliz é a abelha
Kleves Gomes
Feliz é a abelha que, quando com fome, a flor namora,
Rouba-lhe o néctar e ainda fecunda-lhe o ventre cálido,
Com o pólen usurpado de outra amante angiospérmica.
Regurgita o fruto do amor roubado em cestas de cera,
Ricas em própolis e tecidas para render-lhe o saboroso alimento.
Por fim, enquanto a flor prepara a semente gerada pelo amor de sua amante abelha,
Derrama-se na colmeia o mel que a abelha
Tanto desejava e extraiu
de um beijo que roubou.
De filosofico a poema inteligente. hahahahaha logo logo seus serviços poeticos faram parte de alguns de meus projetos literários coletivos.
ResponderExcluirOlha só, que encanto!
ResponderExcluirÀs vezes digo que certos poemas parecem valsas, e há quem pergunte o por quê.
Fácil. Acalme-se, esqueça os ruídos e sinta a textura ritmada do poema.
Muito bom, meu rapaz, parabéns.
Ah, acaso queira conferir, fique à vontade.
http://papilioinnocentia1.blogspot.com/